Reportagens de jornais, revistas, rádios e TV (1998 a 2005) sobre o livro “No Silêncio do Coração”:
1 – O livro é um romance?
Sim. Um romance com fundo espiritual, onde o personagem principal narra algumas experiências que todos os homens e a humanidade buscam em certas épocas de sua vida. Há um momento em que todos querem conhecer melhor a si e ao seu mundo. Entrar dentro de nós é uma viagem fascinante na descoberta dos valores materiais e espirituais de um Universo sempre em expansão. Mas lembremos, sempre, acima de tudo, de manter o bom humor e o amor por nossos erros e acertos. Essas são as características do personagem principal.
2 – O que o levou a escrever este livro?
Quando comecei a escrever nunca pensei em me tornar escritor, e acho que ainda não sou. Tudo começou como uma inquietação interna e ingênua. Uma retomada de consciência, uma volta às origens. Logo que iniciei, a compulsão de escrever se tornou tão forte, com idéias e palavras que surgiam no papel, que só me restou começar do início onde toda essa minha atração por um conhecimento interior e espiritual se iniciou. Ou seja, na minha infância, no Peru, quando tinha 9 anos, e lá permaneci durante 5 anos.
Aqui surge uma pessoa que marcou definitivamente minha caminhada: o Sr. Chang Lau. Um sábio do Bairro Chinês que tinha uma velha e exótica loja-armazém.
3 – Resuma sua descoberta interior, de que você fala no livro várias vezes.

Creio que não é só minha, mas será de todos que um dia decidirem ver o mundo e esta nossa existência com uma visão mais profunda da realidade. Ver a essência (interior) e não apenas a forma (exterior) das coisas. Quando dominarmos estes 2 conceitos e vivenciarmos plenamente estes 2 mundos (Matéria/Espírito), creio que adquiriremos uma propriedade fundamental que nos permite cruzar o Universo e ir aonde quer que estejamos indo. Essa propriedade é o equilíbrio, e quem é mais equilibrado com certeza está mais próximo da felicidade. Para conhecermos quem somos, temos que ser livres de tudo que nos aprisiona. Senão é como querermos ter asas e não conhecer o vento. Tomo emprestadas as palavras de Theillard de Chardin, essa é a descoberta interior que um dia todos compreenderão:
“Não somos seres humanos tendo experiências espirituais, mas seres espirituais tendo experiências humanas”.
4 – Faça um comentário do seu livro. O que ele representa para você?

Dizem que, quando morremos, a nossa vida passa à nossa frente em questão de segundos. Então, digamos que eu já passei por este processo sem a necessidade de morrer fisicamente. Esta é a experiência que o livro
“No Silêncio do Coração” me proporcionou. Quando morremos, o espírito ganha mais liberdade, lucidez e consciência – mas isso não é uma regra, e depende de quantas ilusões e porcarias levamos para o outro lado. – Se temos a coragem de ver o passado e acima de tudo o presente, sem medo de ver o que há de pior e melhor em nós, adquirimos estas 3 propriedades harmônicas e perfeitas do espírito, onde o fator equilibrante entre estas forças materiais e espirituais é o coração (Amor). Só depois que o homem viver tudo isso
“No Silêncio do Coração” (o seu) é que ele se tornará uma pessoa melhor e terá cumprido mais uma etapa de sua evolução.
Quanto à sua outra pergunta, em fazer um comentário do livro, costumo citar a introdução, onde o classifico como
“uma auto-biografia mentirosa e uma ficção verdadeira”. Com isto estou querendo dizer que o livro é feito para dois tipos de pessoas. Aqueles que acreditam e gostam de assuntos espirituais, se identificarão muito com o livro. Mas também visa atingir o cético, que mesmo não acreditando em nada disso, pode tratar tudo como uma obra de ficção, envolvente, divertida e permeada de uma sabedoria pertencente à humanidade. Minha inspiração são sempre “os antigos”. Antigos mestres e sábios, antigas civilizações e antigas filosofias que um dia passaram pela Terra e deixaram suas mensagens. É nas antigas sabedorias que estão as verdades mais profundas do homem. E, é lógico que eu faço parte desta humanidade (parte dos beneficiados), por isso meu aprendizado com eles, tenho certeza, será eterno. Adoro ser um discípulo permanente. Ser um discípulo, acho que é sempre mais interessante e divertido do que ser o mestre, por isso, muitos dos personagens que crio são sábios e divertidos ao mesmo tempo.
“...Sabedoria e bom humor devem andar juntos para sermos espíritos livres...”, é o que diria
“El Coyote” (um dos personagens da trilogia “O Crânio”, que escrevi).
5 – Por que você ilustrou o livro com pinturas e desenhos seus, no site?
Para tornar a obra mais completa, pois tanto o texto como as pinturas são permeados de inspiração tanto material como espiritual.
A reprodução dos 21 quadros que ilustram os 21 capítulos do livro se encontra no site (www.fasoli.com.br), porque, no momento, uma reprodução colorida no livro representa custos. Quem sabe futuramente poderá ser feita uma edição especial, colorida e de capa dura.

6 – A pintura é um dos seus lazeres?
Sim. Pintar e escrever creio que são meus lazeres individuais. Na minha opinião não existe nada mais interativo e empolgante que o processo de
Criar. Criar palavras que se transformam numa estória, criar cores que se transformam numa pintura. Mas também tenho os lazeres coletivos que são comuns a todas as pessoas... Do tipo, cinema (outra grande paixão), ler, olhar o nascer do Sol na beira da praia, praticar
Tai-Chi-Chuan, namorar a mulher que amo,... E é claro, panquecas. Panquecas de qualquer tipo e a qualquer hora... (risos).
7 – O que você pensa de vida e de morte?
Além de achar que a morte não é o fim, e que a vida é perpétua em diferentes planos de consciência e energia, prefiro tomar emprestadas as palavras de um homem realmente sábio chamado Confúcio:
“Para sabermos alguma coisa sobre a morte é necessário sabermos muito mais sobre a vida”.
8 – Os fatos aconteceram em Caxias do Sul? O que Caxias do Sul representa para você?
Alguns fatos aconteceram. Caxias é uma cidade com bons aspectos, mas ainda fechada para novas idéias, além de ser elitista e um pouco esnobe. Isso é algo que me incomoda silenciosamente, pois essa atitude somente afasta as pessoas umas das outras. Isso as torna feias... Então, não adianta todo o dinheiro do mundo se a sua alma ainda é “feia”. Para isso não há plástica que resolva... (risos). Um dia o homem aprenderá que na hora da partida, “da grande viagem”, tudo que é superficial ficará para trás. Na sua bagagem só levará sua consciência e seus sentimentos. Mas, a comida de Caxias do Sul é excelente... (risos).
9 – “Passado e presente voltam a se encontrar numa realidade de mundos que se completam”. Fale um pouco sobre este pensamento.

Os acontecimentos, as pessoas, as energias, as idéias, as atitudes, as experiências que não soubemos compreender e aceitar, sempre retornam no presente para ver se adquirimos uma compreensão maior sobre nós, as pessoas, e o mundo. É a roda de
Sansara, dos tibetanos.
Quando os mundos se encontram – passado e presente – tendem a se completar, com certeza para que tenhamos um futuro melhor. Mas só realiza isso quem tem coragem de superar seus egos, vaidades e orgulhos tolos e limitantes. Temos que nos libertar de crenças antigas que não servem mais para nossa jornada, do contrário os passos ficam pesados e não chegaremos a lugar nenhum. Pessoalmente, ainda não superei todos meus egos e limitações, mas acho que estou num bom caminho, porque ele está cada vez mais leve, divertido e cheio de entusiasmo.
10 – No capítulo “Sonho de Ícaro”, qual a sensação de presenciar um fato ímpar na Natureza? O que isso representa para você?
Neste capítulo eu falo em transcender a forma e atingir a essência das coisas. Aprofundar nossa visão sobre o mundo e ver que tudo é perfeito neste Universo, mesmo que no momento não compreendamos esta ordem perfeita. E é aqui que devemos observar a Natureza como os antigos taoístas chineses, que viam nela uma ordem perfeita, que nos ensina que:
“... Sempre devemos empurrar a rocha para onde ela quer ir...”. Fluir com a Natureza das coisas, dos acontecimentos, das experiências. Só podemos ser livres para voar, se deixamos que esse fluxo invisível nos leve.
11 – Fale um pouco sobre o lançamento do livro?
Foi realizado na empresa Randon no mês de Novembro/97, juntamente com uma exposição dos 21 quadros, e seguido de um pequeno coquetel graças a uns patrocinadores corajosos (risos). Havia em torno de 200 pessoas, e lá abordei alguns temas desta área. Uma experiência nova, mas que me deu muita satisfação.
12 – É tudo verdade o que você escreveu no livro “No Silêncio do Coração”?
É uma história verdadeira, onde 70% dos fatos são reais. Apenas 30% do enredo foi criado como uma ficção para dar seqüência em uma vivência que começou há séculos e ao longo espaço de tempo que os personagens percorrem.
13 – Você morou realmente no Peru, na sua infância, que é onde o livro começa?

Sim. E foi lá, graças ao Sr. Chang Lau (um mestre das tradições chinesas, mas acima de tudo um amigo), que iniciei minha caminhada. Este é um dos objetivos de ter colocado uma
“Galeria de Fotos” neste site, porque muitos dos personagens e locais citados no livro ilustram a realidade dessa jornada. É um livro baseado em fatos reais.
14 – Você comentou que o livro já está em outro idioma?
Sim. Ele já está traduzido para o Inglês e Espanhol, e graças à excelente agente literária que tenho no exterior, que está dando uma atenção especial aos meus livros, está sendo publicado em outros países.
15 – Li o livro e achei bastante interessante, apesar de não ser militante desta filosofia. Nunca participei de nada relacionado aos assuntos tratados pelo livro, (principalmente sobre “Projeção Astral”), porém confesso que adorei a leitura. Desejaria ler algo mais sobre estes assuntos interessantes. Como fazer?
Basta entrar na livraria, na biblioteca ou na internet. Aí você encontrará tudo de que precisa. O século em que estamos vivendo é o da livre informação... Então aproveite.
Apenas como dica, entre no site de Wagner Borges (
www.ippb.org.br), um dos maiores pesquisadores de Projeção Astral, e um amigo também.
16 – Terminei de ler o seu livro “No Silêncio do Coração” em uma semana. Minha opinião? Excelente!!! Realmente muito bom! O livro falou das coisas de que mais gosto: espiritualidade, autoconhecimento, artes marciais e, principalmente, EFCs (experiências fora do corpo). Devorei o livro e quando terminou, ficou aquela sensação de “quero mais” (risos). Espero que já tenha outro livro encaminhado!
Foi uma agradável surpresa o que encontrei e estou recomendando a todos meus amigos. Temos um grupo (recente) de pessoas que se reúnem para trocar idéias sobre a espiritualidade. Teu livro já está passando de mão em mão e as pessoas estão adorando!
Gostaria de fazer algumas perguntas, mas vou devagar.
Você ainda tem projeções?... Ainda tem muitos contatos com os guias espirituais?... Como estão suas práticas espirituais hoje em dia?

Sim. Tenho projeções, pois ela é uma propriedade natural e inerente a todos os homens. Todos podem fazer isso. Nem todas elas são conscientes, e o nível delas depende muito de nosso estado emocional ao nos deitarmos. Quanto aos guias espirituais dos planos extrafísicos, mantenho contato com boa parte de todos os que mencionei no livro, porém, há outros que mudam conforme a necessidade do momento. Às vezes, as projeções são para ajuda a outros seres desencarnados e/ou encarnados, outras vezes são de “conhecimento”, pois encontramos verdadeiros professores e mestres no domínio das energias que muito contribuem para a nossa evolução. Há também contatos projetivos com seres de outras galáxias, que possuem o que pode ser chamado de “cosmoética”, uma ética Universal. O AMOR INCONDICIONAL é a máxima destes seres do espaço. Cada vez que tenho contato com um destes seres, vejo o quanto o meu AMOR é limitado e pequeno comparado ao deles... E que estou muito atrasado nessa escola perante meus colegas siderais... (risos).
17 – O que é o Jin Shin Jyutsu, que você comenta em seu site?

Refiro-me a época em que trabalhava com isso, e que me ajudou muito até poder viver somente de escrever. Hoje atendo esporadicamente algumas pessoas que necessitam e alguns amigos, pois sempre foi um trabalho muito gratificante. Ajudar alguém a diminuir seu sofrimento, é um grande prazer e um grande aprendizado. O
Jin Shin Jyutsu (JSJ) é uma Fisio-Filosofia, ou seja, ele trabalha o aspecto físico, mental, emocional e energético da pessoa. Poderíamos dizer que é uma arte que usa todos os conhecimentos da acupuntura e dos meridianos de energias, porém, não se usam agulhas e sim as pontas dos dedos. Foi criada (ou melhor) pesquisada e sistematizada por um japonês chamado Giro Murai, antes da 1ª Guerra Mundial. Ele era um estudioso, que por ter curado o Imperador do Japão, na época, o mesmo disse a ele que era para pedir o que quisesse, que lhe seria dado, e Giro Murai apenas pediu como pagamento, ter acesso livre a biblioteca secreta do palácio imperial (mais um apaixonado por livros), e assim através de suas intensas pesquisas baseado principalmente no
Kojiki (O livro das coisas antigas) ele criou esta síntese chamada
Jin Shin Jyutsu (JSJ), literalmente quer dizer “Caminho do Homem de Compaixão ou Benevolência ou da Longevidade”.
É uma técnica que harmoniza rapidamente o físico, o emocional, o mental e as energias sutis do homem. Trabalhei por 10 anos atendendo milhares de pessoas com esta técnica. Atendia quem podia pagar e também quem não podia pagar, pois aprendi há muito tempo que a falta de dinheiro nunca pode ser um impedimento em aliviar o sofrimento do próximo... Uma antiga filosofia diz o seguinte:
“... Amor é querer ver todo mundo feliz. Compaixão é querer fazer com que ninguém sofra...”
18 – Você ainda pratica Artes Marciais? Com o mesmo mestre que você relata no livro?

Para quem trabalha com energias, chegar à essência de todas as coisas é a grande meta. Atingir a essência das Artes Marciais é uma grande descoberta, em que os únicos pré-requisitos para se chegar à essência das mesmas (A Energia) são a disciplina e a paciência. Mas, infelizmente, no Brasil e em muitos países, por causa do grande consumismo por coisas rápidas, você mesmo já deve ter constatado que não é fácil achar um bom professor de arte marcial, pois muitos conhecem a forma, e poucos a essência. Praticam muito a violência e pouco a filosofia. Atualmente pratico e sou professor somente de
Tai-Chi-Chuan e
Chi-Kung. Deixei de treinar intensamente há muito tempo. Hoje, dedico-me mais às artes marciais internas (a arte de vencer nossos demônios interiores).
19 – Fale sobre mestres marciais extrafísicos?
Saiba que eles existem. Eles pertencem a uma egrégora de artes marciais e têm a nobre função de preservar este conhecimento na sua essência. São orientais e alguns poucos ocidentais que exercitam na teoria e na prática as filosofias marciais. Assim como existe uma egrégora que preserva o conhecimento em locais astrais sobre os egípcios, os maias, os atlantes e assim por diante. Também há locais que preservam os princípios marciais. E eu por sorte, às vezes, sou levado para lá, por alguns destes seres (alguns dos quais cito em meu livro) para praticar não só a arte marcial, como também alguns métodos de cura e equilíbrio das energias. Um destes locais é no Japão, na montanha
Yamabushi (Guerreiros da Montanha) e outro é na China, nas montanhas
Wu Dan, refúgio físico e extrafísico, de vários templos que praticam artes marciais.
No Oriente antigo, em templos budistas, taoístas e xintoístas, todos os monges que praticavam artes marciais tinham como parte de seu curriculum aprender filosofia, música, pintura, trabalhos de auxílio à comunidade, fitoterapia e medicina oriental. Um monge chinês me disse certa vez, que se você aprecia a beleza das coisas e aprende a concertar um osso quebrado, em um vilarejo que não tem condições financeiras de usar os modernos métodos da medicina, você nunca usará mal a arte marcial que está aprendendo, pois se você conhece a dor dos outros, você nunca será um agente que causará dor ao seu semelhante. Arte marcial é um método de defesa e não de ataque. Arte Marcial é vencer nossos demônios interiores e não nossos semelhantes. Vencer nossas imperfeições e limitações é a grande meta, pois vencer 3 ou 4 adversários ao mesmo tempo, é fácil, desde que você tenha habilidade e treino. Quem vence seus demônios interiores, pode ser chamado no Oriente de um “guerreiro marcial”. E quem usa essa sabedoria para ajudar seu semelhante pode ser chamado de “mestre”, por que desenvolveu a compaixão por todos os seres.
20 – Você não falou mais no livro do Mestre Chinês do Peru. Você nunca mais o viu? Nunca mais entrou em contato com ele? Teve alguma projeção com ele? Fiquei louco para saber se houve algum outro contato com ele, etc...
Sobre o Sr. Lau, ele está em um templo extrafísico na montanha
Yamabushi do Japão, e vez por outra me encontro com ele por lá para continuar aprendendo. Ele já faleceu na matéria, mas continua mais vivo do que nunca. O significado da palavra
Yamabushi já lhe diz tudo que o Sr. Lau está fazendo por lá:
Yama (Montanha);
Bushi (Guerreiro). Em outras palavras ele é um guerreiro da montanha, mas ele pratica a paz e não a guerra.
21 – No livro notamos várias passagens e cenas em que os personagens têm um profundo contato e inspirações na Natureza. Fale sobre essa admiração?

Sim. Adoro estar em contato com a Natureza. Não sou um ser urbano. Sou um ser de grandes espaços e liberdade, não só do corpo, mas principalmente da mente. Creio que a única característica urbana que permito entrar a vontade em minha vida de cidade é a tecnologia. Todas as grandes cidades são sufocantes, claustrofóbicas e isso se reflete nas pessoas também, que são uma cópia do seu meio ambiente. Sou um ecologista silencioso que presa por todos os meios que possam salvar o planeta e aproximar mais o homem da Natureza, por isso a importância de muitas organizações que se preocupam e tem atitudes concretas para preservar nosso belo planeta.
Como adoro e sempre estive envolvido com a cultura oriental, comungo profundamente com o pensamento dos taoístas de que:
“... o homem só encontrará a harmonia, observando e estando em contato com a Natureza...” Ao falarmos de ecologia do planeta, estamos tentando fazer uma mudança de fora para dentro, o que representa uma atitude emergencial a curto prazo, em alterar todo o mal que o homem tem causado ao planeta (aqui entram as ONGs, organizações ambientais, leis globais e de responsabilidade pela natureza, etc...).
Mas creio que a principal ecologia, a que causará mudanças efetivas no planeta, é a que chamo de “Ecologia Interior”, ou “Ecologia na Consciência”. Ou seja, limpar o lixo mental e emocional que o homem tem dentro de si, e assim não jogá-lo em seus semelhantes e no planeta. Uma mudança de dentro para fora, é isso que precisamos... O homem que respeita seu mundo interior, saberá respeitar o mundo exterior. Somente quando o homem descobrir a divindade que existe dentro dele, é que ele poderá ver a divindade fora dele, no planeta. Somos mal criados com o Deus em nós, e mal criados com o Deus fora de nós... Em todos meus livros sempre há personagens sábios que tem essa união divina com a terra. São personagens felizes e em união permanente com sua divindade e a Natureza. Como disse um antigo
Inka que conheço:
“Se eu lhes falo das coisas da terra e não me entendem, o que será se falar das coisas do céu... Como posso lhes falar de Deus, se não compreendem sua obra?”

Todos os seres de nosso ecossistema são divinos e todos tem o mesmo valor. A terra é uma entidade viva e inteligente, que o homem tem desrespeitado não só com atitudes, mas principalmente com seus pensamentos e emoções. Não temos mais tempo. Devemos parar de destruir a Natureza, em função do dinheiro e das leis de riqueza. É possível recuperarmos o planeta. Como diz um dos personagens de meus livros, ao olhar a paisagem no alto de uma montanha:
“Tudo é possível na vida, e se existe algo impossível na vida, há só uma coisa: Negar a existência de Deus”.
A sabedoria e amor do atual Dalai Lama por todos os seres, expressa melhor o que penso:
“... Só em olhar os insetos, as formigas, as abelhas, todos esses animais inocentes experimento com freqüência uma forma de respeito por eles. Por quê? Porque eles não têm nenhuma religião, nenhuma constituição, nenhuma polícia, nada. Mas, vivem em harmonia na lei da existência, a lei da natureza.
Já que todos nós compartilhamos este pequeno planeta chamado Terra, devemos aprender a viver em harmonia, em paz uns com os outros e com a natureza. Isso não é apenas um sonho, é uma necessidade. Somos dependentes uns dos outros em tantos domínios que já não podemos viver em comunidades isoladas e ignorar o que se passa lá fora. Precisamos ajudar e ser ajudados quando nos deparamos com dificuldades, assim como devemos fazer com que os outros participem de nossa boa fortuna...”